quinta-feira, agosto 27, 2009

Mercado do luxo

Do blog da muié do meio do mato:
Concordo em genero, numero e grau:

Estava vendo outro dia que pegaram mais uma dama do superluxo com loja no Iguatemi. Quando uma senhora daquelas aparece com o numerinho na lapela e um letreiro WANTED sobre a cabeça, parece que a futilidade fica mais patente. O fiscal escancarava no Jornal Nacional que a senhora comprava sapatinhos made in china por 7 reais, vendia por 180 sem nem mesmo pagar imposto sobre esse lucro. Isso é só uma pulga, porque o que pega mesmo são as fendis e versacces, etc e tal.

Quanto mais me vejo aqui rodeada de mato por todos os lados, com minhas mazelas ambientais vejo com mais clareza a imbecilidade que é o consumo desse tipo de coisa com apelo da marca, do nome da dona que deve ser uma senhora muito reverenciada pelos que a seguem e a compram.

Aí, ontem depois de sair do tênis, passamos no Sítio do Moinho pra comprar umas coisinhas pra salada do almoço.
Comprei uma alface americana e uma alface rosa. Resolvi comprar também morangos. Na hora de pagar, passei meu cartãozinho de débito ( estava sem um puto no bolso) enquanto ela pegava o interfone e pedia: “Fulano, pede ao Flávio pra colher os morangos por favor“.

Entrei no carro e recebi pela janela um saco cheio de morangos frescos, sem agrotóxios, doces, deliciosos, mornos da terra onde estavam deitados. Paguei 8 reais no saco de morangos, mais ou menos o dobro do que pagaria pelas caixinhas do super. Mas nunca me lambuzei tanto com morangos que seguramos pelos cabinhos ali, na volta, dentro do carro, todos gemendo de tanta gostosura. Todos lindos.

Pra mim, isso é luxo.

quarta-feira, agosto 26, 2009